A Organização Mundial da Saúde (OMS)
afirma que a poluição do ar é considerada um problema grave nas grandes
cidades. Recentemente, a revista científica The Lancet divulgou um estudo feito
durante dois anos em 188 países que tem como objetivo mostrar os efeitos da
poluição para a saúde mundial. Durante o levantamento, foi comprovado que a
poluição do ar foi responsável por mais de 70 mil mortes no Brasil em 2015,
deixando o país na 11ª posição, somente atrás de países dos continentes
Asiático e Africano.
Apesar dos números expressivos
revelados nos estudos, existe o apoio de uma grande parcela da população e de
empresas na busca da diminuição das ações dos gases na atmosfera, o que ajuda a
reduzir os efeitos agressivos à saúde. Entre as iniciativas vistas ao redor do
mundo, uma tendência que se destaca é a construção de jardins verticais. Além
da praticidade, eles tornam a área urbana mais bonita, trazendo o verde para
perto em áreas internas ou externas. De acordo com Suelen Oliveira, gerente de
marketing da PlastPrime (empresa presente no mercado de jardins verticais),
essa é uma ótima forma de ajudar na redução da poluição. “Construir uma parede
verde, que é totalmente ecológica e sustentável, auxilia na redução da poluição
em função da troca de carbono feita pelas plantas. Além disso, um jardim
vertical pode ajudar no isolamento térmico e acústico do ambiente. Também já
foi comprovado, por meio de estudos, que a presença de plantas em um ambiente
ajuda na diminuição do estresse do dia a dia.”
De fácil instalação, os módulos para jardim vertical da
PlastPrime, conhecidos como Plastwall, possuem duas versões, de 6 e 12 litros,
e atendem às necessidades de quem busca construir uma parede ecológica com
plantas, folhagens ou hortaliças. O ambiente fica mais fresco e a vegetação
ajuda a amenizar a propagação dos ruídos em até 40%. “Todos os módulos possuem
sistema de drenagem, suporte para irrigação e tem o diferencial de
impermeabilizar a parede, evitando infiltrações ou rachaduras. Trata-se de um
produto leve, produzido com polipropileno ou polipropileno reciclável de
caixinhas longa-vida, que pode ser colocado em qualquer parede. Em caso de
mudanças, os módulos podem ser realocados sem danificar o produto, evitando
assim a perda do investimento”, explica.
Crédito
de carbono
O
crédito de carbono é um certificado emitido quando ocorre a redução da emissão
de gases do efeito estufa, principal objetivo desse mercado de créditos que foi
criado com a assinatura do Protocolo de Quioto, em 1997. Atualmente, cerca de
15 países cobram impostos sobre a emissão do gás carbônico, e em 17 regiões o
carbono já é uma commodity.
Desenvolvido
para criar jardins verticais, este sistema modular poderá auxiliar as empresas
e pessoas que buscam o crédito de carbono, quando implementado no Brasil.
Porém, ainda não foi definido como o crédito funcionará e sua implementação é
um processo moroso.
Certificação
LEED
LEED é uma sigla para Leadership in Energy and Environmental
Design (Liderança em Energia e Design Ambiental) e representa um sistema de
pontuação desenvolvido para medir o desempenho ambiental, promover e fomentar
práticas de construção sustentável, uma vez que era preciso estabelecer
estratégias e padrões para criar edifícios sustentáveis. Uma parede verde
contribui com créditos para obter essa certificação e um edifício certificado
economiza dinheiro durante seu ciclo de vida e ajuda o meio ambiente e a
sociedade como um todo. Isso sem contar na valorização e status do imóvel que
tem essa certificação. De acordo com estudo realizado pela consultoria Ernest
Young, em parceria com o GBC Brasil, divulgado em 2013, a participação das
edificações registradas LEED no PIB da construção no Brasil chegou aos 10%, com
expectativa de crescimento.
Ter
um jardim vertical é fácil, rápido e as vantagens são inúmeras. Com o apoio de
todos, é possível deixar as cidades com menos poluição, resultando em benefício
para a saúde da população.
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