Por Mariza Poltronieri
Um restaurante nunca fecha, é a regra da hospitalidade. Deve-se guardar os dias santos, é a regra da fé católica. Somar as duas coisas só era possível em duas datas: Natal e Sexta-feira da paixão. O engraçado, que mesmo não existindo mais o restaurante, ele impôs uma regra que se perpetua até hoje. Na páscoa fazemos o almoço com as tradições peculiares, somente peixe e uma tentativa de contrição, exigência da celebração que se impõe ao dia. Somente tentativa, pois bacalhau convida para o vinho e convenhamos, não dá para ficar sério com tanto prazer. Seria mais fácil nos manter sérios com pão e água o que seria heresia para uma família gourmet. Este é o momento da confusão. Imagine para uma mama de 82 anos ver todos os filhos rindo e se prostrando de sono um em cada sofá e nada de ir à igreja? Espero que cada um possa do seu jeito perpetuar uma ou muitas histórias. Vejo pelos meus filhos e sobrinhos, quão confortável e aconchegante é o folhetim de nossa família. Eles amam reviver repetidamente nossa história. Prova que o passado ainda pode ser revivido com amor e leveza.
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